sexta-feira, 19 de setembro de 2025

CORTEJO - PROCISSÃO DA DOR DE CLÁUDIA BRINO SOB OLHAR DOS LEITORES

   




LEITORES EXPRESSAM SEU OLHAR SOBRE O LIVRO CORTEJO - PROCISSÃO DA DOR













Você na prosa também é maravilhosa, "Cortejo -  procissão da dor" é um belo, se bem que triste, poema em prosa, a poesia está entranhada dentro da saudade, das lágrimas e da ausência do ente querido.

Sidney Sanctus - poeta

O seu "Cortejo -  procissão da dor" é tristemente lindo, os textos me posicionaram no luto que volte e meia me visitam.

Lóla Prata - escritora e poeta


"Cortejo - procissão da dor": um livro antológico.

Anderson Braga Horta - escritor e poeta

Incrível demais! "Cortejo, procissão da dor" Me levou às minhas raízes (no Nordeste, há cortejos e despedidas afins - guardo todas as lembranças em mim). Parabéns! Trabalho ímpar!

Márcia Neves - poeta

"Cortejo - procissão da dor" é um livro tão tocante quanto seu título e a sua temática. Sua leitura segue uma trilha bela e dolorida, como um concerto fúnebre, e muito bem orquestrado. Mais um sucesso de Cláudia Brino

Cris Dakinis - poeta e escritora

"Cortejo - procissão da dor" amarga e áspera película da perda

Vieira Vivo - poeta, escritor e editor

"Cortejo - procissão da dor" imagens fortes, belas metáforas, me senti uma coroa de flores desse cortejo que é no fundo o destino de todos nós.

Roberto Massoni - escritor, poeta e dramaturgo

Confesso que posterguei o início da leitura com medo de chorar, de acordar lembranças, de reviver sentimentos. No entanto "Cortejo -procissão da dor" foi consolador, na medida em que não me senti solitária vivendo a dor da perda e também pude acrescentar um tanto de poesia à memória de quem tanto amei e ainda amo. Gratidão querida Cláudia por caminhar de maneira ímpar com seus leitores pelas ruas deste tema tão imprescindível. Você apresenta a morte pelo olhar de quem ficou, fazendo com que o leitor queira tanto abraçar quanto a ser abraçado. Vou dizer os textos que amei:

Página 05: a dor da perda invadindo a casa e a vida

Página 14: a ideia do lenço sempre seco entre os dedos, até mesmo no momento em que o choro acontece.

Página 16: a imagem do relógio que continua enquanto passamos

Página 18: o luto dos objetos.

Página 22:  os afazeres que nos ajudam a continuar

Página 35: a questão da lápide, do tempo do verbo.

Página 39: a reação à triste notícia

Página 47: o depois do cortejo, a dor como pérola (imagem extremamente poética).

Página 48: sobre a dor que permanece de maneira sensível e acolhedora. 

Daniela Genaro - poeta e professora

Poeta Cláudia Brino, aceitei o convite para acompanhar essa comitiva de linhas cheias de poesia — “Cortejo - procissão da dor ”. Fui cortejada por tanta beleza. Segui essa procissão com olhos bem abertos. A marcha para a dor faz parte da vida; só a poesia mesmo para nos compreender. Microcontos pictóricos, cada um reflete um quadro cotidiano de solitude, nostalgia e gemidos calmos. 

As imagens que conseguiu neste Cortejo são lindas, reais — “dormir no pé da saudade” (p. 10) /”regando lembranças” (p. 13) /”a dor corteja em cada cômodo gotas de lembranças.” (p.16) /”chama a ausência para almoçar” (p. 21) /”lágrimas se acotovelam pelo cortejo” (p. 24) /”a sensação de perda eterna já vestia a memória” (p. 26)/”a morte não consegue mudar o verbo "eu amo” (p. 35) /”precisavam depositar essa dor no abraço de alguém” (p. 43). 

Um triste cortejo também se torna belo, embora envolto na “película da perda”, como sugere Vieira Vivo, já que a dor nos faz — e mantém — fortes, incoerentemente, talvez. Parabéns por nos presentear com esse livro pleno. Suas ilustrações são necessárias, complementam a procissão.

 Hilda Curcio, poeta e escritora

CORTEJO  -  procissão da dor

Narrativa minimalista, microconto tem por objetivo causar reflexão, emoção ou surpresa no leitor, em poucas linhas, de forma concisa e impactante.

Circulando em torno de um único tema: a perda. De um único ambiente: a vida. De um único personagem: o vivente, CORTEJO -  PROCISSÃO DA DOR, de Cláudia Brino, é uma coletânea de microcontos plena de silêncios delicados, de metáforas existenciais excruciantes e imagens fortes, um livro tocante, realista e duro, mas poético.

Cláudia Brino, escritora da Baixada Santista, é grande poeta, talvez uma das melhores da atualidade com a aparente singeleza de sua voz poética, porém sofisticada, pois escreve com alma e delicadeza as dores humanas em poesia espalhada por mais de quinze livros.

Então me chega pelo correio esta experiência em prosa e me faz recordar de seus livros FRONTEIRA, um romance, O LADO VERTICAL DA CRUZ, um livro de contos, e o belíssimo FRAGS, prosa poética: encantamento puro, poesia em sua mais elevada expressão.

Cortejo, procissão da dor, o livro, é purgação e também ternura, piedade da personagem consigo própria e uma espécie de Fênix a arder-se em braseiro para, em seguida, renascer das próprias cinzas e alçar voo novo noutras circunstâncias da existência que se impõe como uma necessidade premente de seguir em frente. Prosa e poesia pura. Não tem nomes. Não tem história. Não tem personagem nomeado. Tem um estado de alma a reverberar o futuro qual uma ave recupera aos poucos a autonomia de voo de sua asa quebrada. É força, coragem, recomeço onde se “chorou tudo o que uma dor é capaz de chorar e o lenço continuou seco entre os dedos.”

É a dor feita consciência, tal uma voz habitando silêncios, sedimentando caminhos, avaliando instantes diversos no redimensionamento dos objetos familiares e do cotidiano a partir da noção irremediável da perda como um novo ponto de partida nas interrupções inesperadas com seu tanto de poesia e de memória imprescindível à continuidade da vida.

Imensos de poesia densa, estes microcontos, quase uma pintura de quadros pinçados do cotidiano “regando lembranças” quais “um suspiro, um lamento daquilo que não podemos ter mais”, formam uma procissão de acontecimentos que se acumulam em resiliência e silêncios de “dormir no pé da saudade”.

Ilustrações da dor, qualquer que seja ela, física ou de alma, Cortejo, procissão da dor, nos retempera, fortifica, nos revitaliza com “o silêncio seco entre os dedos”. Um grande livro.

Ernani Fraga, ator e dramaturgo

Cortejo - Procissão da dor é uma leitura que mostra, de modo diferente, o cortejo, o que sentimos e o que vivemos em um momento tão único que é despedir-se de quem amamos, de quem fez parte de nossa vida e de nossa história. 

Conseguimos sentir os cheiros, ouvir as vozes e imaginar as cenas que presenciamos em considerações a amigos, parentes e até desconhecidos. 

A forma como é retratado o cortejo, ameniza o momento. É como se estivéssemos sendo abraçados o tempo todo em nossas lembranças! É um aconchego! Percebemos que o sentimento é o mesmo para todos!

Maria Cristina Freitas de Oliveira - professora