A poesia ergue sua bandeira para lembrar
que os versos são instrumentos de denúncia – capazes de acusar, apontar
e revelar com precisão cirúrgica os lugares onde a dor se esconde.
Em cada estrofe, a morte surge grafada em sangue e a fome, marcada como tatuagem indelével, não apenas no corpo frágil, mas na alma coletiva daqueles que sobrevivem ao sofrimento.
Canto do Alaúde, Rosani Abou Adal, não é uma leitura simples. É uma obra que fere, que cutuca feridas abertas, que expõe a dor contínua de um povo que resiste.
